sexta-feira, 20 de julho de 2007

E esse Pan na hora errada

É verdade, o Pan veio na hora errada. O Rio está em estado de guerra, mas coincidentemente a mídia caolha (termo do meu mestre José Malia) se vira pros jogos e em 14 dias nenhuma morte será registrada no noticiário nacional.
"Graças a Deus", está entre aspas para que vocês entendam, o desastre em Congonhas desviou o foco e outro tipo de informação pôde ser passada. Mas não seria tragicômico se durante a divulgação da lista de nomes do mortos um barulhinho do tipo "BRASIIILL SIILLL SIILL" avisasse mais uma medalhe de ouro de um atleta de alto nível que fatura 500 reais + V.R e V.T.
E o Renan? Falam dele? Sabem que novela ele faz? Hã?
Li em algum lugar ontem, que quando se quer que algo seja esquecido é só fazer uma CPI, nomear uma meia dúzia para investigar e pronto, morreu o assunto. Vide mensaleiros (grande Severino e seu self service).

Pergunta: É mole?
Resposta: Com o dinheiro dos outros é molinho, molinho.
Mas eis que alguém levanta a lebre e diz "mas é o dinheiro deles também, porque eles pagam impostos como nós.", mas esse dinheiro "deles" somos nós que pagamos, contribuimos, damos, emprestamos para depois vê-lo em obras e melhorias, como você quiser.

Uma frase do jornalista Janio de Freitas, da Folha de São Paulo, sobre o Pan, no qual estou totalmente de apoio.
"Quem usa a cidade no dia-a-dia sente o desprezo em que está há anos. Não há um só serviço urbano que funcione. Não há iniciativa séria das autoridades em favor do bem-estar e da modernização da cidade. Apesar disso, de repente o Rio se viu comprometido com o Pan que nunca lhe fez falta e, desde logo, passou a ouvir falar em bilhões a serem gastos para realizá-lo"

Enquanto não acho meu rider (sugestão do Artur), sigo trabalhando, mas estaremos no 3° semestre prontos para conhecer a Atividade Complementar Não Sei das Quantas.
E se liguem, se der certo é nóis no C.A.


Antes que cause dúvida, não sou contra o Pan, mas ele está no lugar errado e na hora errada.